quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Brasil no Oscar 2011

Começaram as inscrições de filmes brasileiros para o Oscar 2011

O Ministério da Cultura, por meio da Secretaria do Audiovisual abriu hoje, até dia 30 de agosto, as inscrições para a seleção de filmes de longa-metragem aptos a concorrer ao prêmio de melhor filme em língua estrangeira na 83ª Premiação Anual promovida pela Academy of Motion Pictures Arts and Sciences - Oscar 2011.

O nome da produção brasileira escolhida será anunciado pela Comissão Especial de Seleção, no dia 23 de setembro. Já os cinco filmes selecionados para concorrer ao Prêmio de Melhor Língua Estrangeira serão anunciados em 25 de janeiro de 2011. A cerimônia de premiação será realizada no dia 27 de fevereiro de 2011.

A Comissão de Seleção que irá escolher o filme brasileiro será composta por membros indicados pelo Gabinete do Ministério da Cultura (MinC), pela Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (SAv/MinC), pela Agência Nacional de Cinema do Brasil (Ancine) e pela sociedade Civil Organizada, representada pela Academia Brasileira de Cinema (CBC). A banca será composta por Cássio Henrique Starling Carlos, Clélia Bessa, Elisa Tolomelli, Frederico Hermann Barbosa Maia, Jean Claude Bernardet, Leon Kakoff, Márcia Lellis de Souza Amaral, Mariza Leão Salles de Rezende e Roberto Farias.

Mais informações no site do Ministério da Cultura (clique aqui)

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O Ministério da Cultura anunciou mudanças na Comissão de Seleção, responsável pela escolha do filme nacional que poderá concorrer ao prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira no Oscar.

A partir deste ano serão quatro membros indicados pela Academia Brasileira de Cinema e outros três pelo Gabinete do Ministério da Cultura (MinC), pela Secretaria do Audiovisual (SAv), do Ministério da Cultura, e pela Agência Nacional de Cinema do Brasil (Ancine).

A decisão de incluir a Academia Brasileira de Cinema na Comissão é uma reivindicação antiga da entidade e determinada pelo secretário do Audiovisual, Newton Cannito, em conjunto com o ministro da Cultura, Juca Ferreira. A ideia é democratizar a escolha do filme brasileiro indicado ao Oscar e fortalecer a Academia Brasileira de Cinema.

O período para inscrições dos filmes vai de 9 a 24 de agosto. O anúncio do título eleito será feito em 16 de setembro.

Novo filme de Godard estreia no Brasil em dezembro

O novo filme do diretor francês Jean-Luc Godard, Film Socialism, chega aos cinemas brasileiros no dia 3 de dezembro. A data foi confirmada hoje pela distribuidora Imovision.

Estrelado por Patti Smith, Élisabeth Vitali e Christian Sinniger, Film Socialism foi um dos destaques da mostra Un Certain Regard, a segunda mais importante do Festival de Cannes. Na ocasião, Godard surpreendeu o mundo do cinema ao disponibilizar seu filme para ser assistido na internet entre os dias 17 e 19 de maio, justamente entre a exibição em Cannes e a data de estreia nos cinemas franceses.

Fantaspoa revisitado

Foram 17 dias de muita programação, com curtas, mostras paralelas de longas-metragens, sessões comentadas e mostra competitiva. A sexta edição do Fantaspoa - Festival Internacional de Cinema Fantástico de Porto Alegre reuniu cerca de cinco mil pessoas. Foram 138 filmes que ofereceram um panorama abrangente do cinema fantástico mundial, com destaque para obras recentes de fantasia, ficção científica, horror e thriller, além de clássicos e filmes raros, a maioria inédita no Brasil. O diretor italiano Luigi Cozzi foi o grande homenageado desta edição e esteve presente no evento.

Um show de música gaúcha e argentina preparado especialmente para os diretores convidados

Distribuidoras se unem para lançar novo filme de Selton Mello

As duas principais distribuidoras do Brasil, a Imagem Filmes e a Europa Filmes, se uniram para a distribuição de O Palhaço, segundo filme do ator Selton Mello como diretor. Produzido pela Bananeira Filmes e co-produzido pela Mondo Cane Filmes, as filmagens de O Palhaço ocorreram entre os meses de março e abril, na cidade de Paulínia, interior do Estado de São Paulo. O lançamento está previsto para o primeiro semestre de 2011.

Selton dirige e atua ao lado do ator Paulo José. O filme gira em torno da crise existencial vivida por Pangaré, que questiona o ofício de palhaço ensinado por seu pai, o Puro Sangue (Paulo José), e sonha em ter um CPF e um endereço fixo.

Gramado 2010

Foram anunciados, hoje de manhã, os filmes da mostra competitiva do 38º Festival de Cinema de Gramado, que ocorre dos dias 6 a 14 de agosto. São oito longas-metragem nacionais, sete estrangeiros e 16 curtas nacionais. O troféu Oscarito vai para Paulo Cesar Pereio e o prêmio Eduardo Abelin, para a diretora Ana Carolina Soares.

Longas Brasileiros

180º
Direção: Eduardo Vaisman (Rio de Janeiro)
Sinopse: o filme conta a história de Anna, Russell e Bernardo, três personagens da classe média urbana carioca. Eles apostam tudo o que têm num arriscado jogo de paixões, que envolve a autoria de um livro de sucesso. Sua narrativa não-linear convida o espectador a montar um intrincado quebra-cabeça, cuja solução está tanto no presente quanto no passado dos personagens.

Diário de uma Busca
Direção: Flavia Castro (Rio de Janeiro)
Sinopse: Celso Afonso Gay de Castro morreu aos 41 anos, em Porto Alegre. Entre seu nascimento (1943) e sua morte (1984), uma vida de militância, fuga, sucessivos exílios, amores e filhos. O filme é um “diário de viagem” pelos países em que Celso foi exilado e que foram também os países da infância da diretora, Flávia, filha de Celso – Brasil, Chile, Argentina, Venezuela, França. Uma trajetória nas entrelinhas da grande história: uma família, com crianças, cachorro, malas sempre sendo feitas e desfeitas, mas que traz em si um pouco do cotidiano de uma geração de militantes de esquerda dos anos 60-70. O filme esboça o movimento que começou com o sonho e alegria de se ter um ideal político até a morte prematura de Celso, envolta em mistérios e que Flávia tenta desvendar.

Enquanto a Noite Não Chega
Direção: Beto Souza (Porto Alegre)
Sinopse: uma cidade em ruínas e apenas três habitantes: um casal de velhos, Eleutério e Conceição, e o coveiro Teodoro. Para honrar a promessa de enterrar até o último morador do lugar, Teodoro aguarda a morte dos dois para ir embora da cidade. Conceição e Eleutério não saem de casa há muito tempo. Vivem apenas com um punhado de mantimentos e as lembranças dos filhos e antigos habitantes da cidade, vistos através de filmes antigos. Para surpresa dos velhos, um dia Teodoro não aparece para jantar. Eles ficam preocupados com o amigo e decidem que na manhã seguinte irão até ao cemitério procurá-lo. Partem logo cedo. O vento forte e a cidade em ruínas transformam o caminho num encontro entre a vida e a morte, o passado e o futuro. Eles encontram Teodoro, que está doente e já sabe o seu fim. A noite chega e os velhos percebem que não podem mais voltar.

Não Se Pode Viver Sem Amor
Direção: Jorge Durán (Rio de Janeiro)
Sinopse: 23 de dezembro. Gabriel, de 10 anos, e Roseli, de 30 anos, chegam ao Rio de Janeiro para encontrar o pai do menino que os abandonou. Nessa noite, sua travessia pela cidade desconhecida os leva a encontrar João, jovem advogado desempregado e apaixonado que procura uma solução desesperada que melhore sua vida; Pedro, pesquisador universitário, que precisa decidir entre a mulher e a profissão; Gilda, dançarina de boate que deseja ir embora, mas está presa à felicidade que deixou escapar. Todos eles estão vivendo situações limites que a proximidade do Natal torna mais pungente. Mas é desses encontros inesperados que renasce neles alguma esperança e o sentimento de que não se pode viver sem amor.

O Último Romance de Balzac
Direção: Geraldo Sarno (Rio de Janeiro)
Sinopse: em 1965, Waldo Vieira, médico, médium espírita que trabalhava próximo a Chico Xavier, psicografa o romance Cristo Espera por Ti, ditado pelo espírito do escritor francês Honoré de Balzac. Muitos anos depois, o livro cai nas mãos do psicólogo Osmar Ramos Filho, recém chegado da Bélgica, que lhe dedica 10 anos de estudos. O Último Romance de Balzac é um documentário que, baseado nas pesquisas de Osmar Ramos sobre o livro psicografado Cristo Espera por Ti e nas relações “arqueológicas” que este livro estabelece com a obra de Honoré de Balzac, especialmente com o romance La Peau de Chagrin (dramatizado no documentário), irá expor e analisar o processo de criação de Honoré de Balzac a partir de um ponto de vista bastante incomum e original.

Ponto Org
Direção: Patricia Moran (São Paulo)
Sinopse: fronteiras sociais e recursos de linguagem jogam o filme e seus personagens. Com uma câmera na mão, crianças da periferia registram a vida da cidade, brincam com potenciais perigos urbanos. Ponto Org é uma sinfonia audiovisual do encontro do mineiro Diamantino com São Paulo, das descobertas de Bárbara através das imagens inquietas das crianças e de personagens fantasmas a espreitar o movimento das esquinas. A cidade personagem recebe projeções de imagens, movimentos de luzes, abriga os sonhos e segredos sobre os medos daqueles para quem a rua é um lar.

O Contestado – Restos Mortais
Direção: Sylvio Back (Rio de Janeiro)
Sinopse: com o testemunho de trinta médiuns em transe, articulando ao memorial sobrevivente e à polêmica com especialistas, O Contestado – Restos Mortais é o resgate mítico da chamada guerra do Contestado ( 1912 – 1916), envolvendo milhares de civis e militares. O sangrento episódio conflagrou Paraná e Santa Catarina por questões de fronteira e disputa de terras, mesclando a eclosão de um surto messiânico de grandes proporções.


Longas Estrangeiros

El Vuelco Del Cangrejo
Direção: Oscar Ruiz Navia (Colômbia/França)


Historia De Un Dia
Direção: Rosana Matecki (Venezuela)


La Vieja De Atras
Direção: Pablo Jose Meza (Argentina/Brasil)


La Yuma
Direção: Florence Jaugey (Nicarágua)


Mi Vida Con Carlos
Direção: German Berger (Chile/Espanha/ Alemanha)


Ojos Bien Abiertos: Un Viaje por la Sudámerica de Hoy
Direção: Gonzalo Arijon

Curtas Nacionais

Amigos Bizarros do Ricardinho
Direção: Augusto Canani (Porto Alegre)

A Minha Alma É Irmã de Deus
Direção: Luci Alcântara (Recife)

Babás
Direção: Consuelo Lins (Rio De Janeiro)

Carreto
Direção: Cláudio Marques e Marília Hughes (Salvador)

Em Trânsito
Direção: Cavi Borges (Rio de Janeiro)

Eu Não Quero Voltar Sozinho
Direção: Daniel Ribeiro (São Paulo)

Haruo Ohara
Direção: Rodrigo Grota (São Paulo)

Mar Exílio
Direção: Eduardo Morotó (Rio de Janeiro)

Naiá e a Lua
Direção: Leandro Tadashi (São Paulo)

Ninjas
Direção: Dennison Ramalho (São Paulo)

Os Anjos do Meio da Praça
Direção: Alê Camargo & Camila Carrossine (São Paulo)

Pimenta
Direção: Eduardo Mattos (São Paulo)

Pinball
Direção: Ruy Veridiano (São Paulo)

Ratão
Direção: Santiago Dellape (Brasília)

Um Animal Menor
Direção: Pedro Harres e Marcos Contreras (Porto Alegre)

Vento
Direção: Marcio Salem (São Paulo)

Jogos Mortais VII estreia em outubro no Brasil

O sétimo filme da franquia Jogos Mortais ganhou data de estreia no Brasil: 29 de outubro. O longa terá formato 3D.

Jogos Mortais VII é dirigido por Kevin Greutert (Jogos Mortais VI) e tem no elenco Tobin Bell, Cary Elwes, Costas Mandylor, Betsy Russell e Sean Patrick Flannery. O filme mostra um grupo de sobreviventes de Jigsaw que busca a ajuda de Bobby Dagen, que também sobreviveu aos terrores, mas que tem segredos obscuros capazes de criar uma nova onda de horror.

O ator Cary Elwes voltará a viver Dr. Gordon. Para quem não se lembra, ele foi o primeiro sobrevivente da franquia, o médico que consegue escapar no primeiro filme sem um dos pés. O retorno de Elwes é esperado desde o lançamento do segundo filme, e deve encerrar muitas pontas soltas da franquia.

Exposição reúne obras do ator Dennis Hopper

O Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles abriu recentemente uma exposição em homenagem ao falecido (e saudoso) ator Dennis Hopper.

Mais conhecido pelo seu trabalho no cinema, ele foi também um grande pintor, artista plástico e fotógrafo. A exposição Dennis Hopper: Double Standard dá uma boa amostra do talento e da versatilidade de Hopper nestas áreas. São pinturas abstratas, esculturas, telas em grafite e quase uma centena de fotografias, considerado seu trabalho mais original.

Como nem todos os fãs de Hopper podem ir a Los Angeles matar a saudade, seguem aqui algumas imagens da exposição:

Coca Cola Sign

Morocco

O artista James Rosenquist na visão de Hopper

Biker Couple

La Salsa Man

O artista Andy Warhol também foi tema do ator

Fotos e mais fotos

Riqueza em detalhes

A Jovem Rainha Vitória capricha em preciosismos

Simples, leve e belo. Assim é A Jovem Rainha Vitória, de Jean-Marc Vallée, que está em cartaz nos cinemas. São cerca de 100 minutos de um filme delicioso de se assistir.

A Rainha Vitória é uma das figuras mais importantes do Reino Unido e sua trajetória já é bem conhecida. Sabendo disso, o excelente roteirista Julian Fellowes (Assassinato em Gosford Park) faz uma trama simples, sem grandes preocupações históricas, mostrando apenas um panorama do início do reinado mais longo da Inglaterra e de um dos primeiros casamentos por amor de que se tem notícia na história na coroa inglesa. A falta de conflitos densos poderia tornar o filme monótono, mas as riquezas de detalhes, tanto no roteiro de Fellowes quanto na direção, fazem de A Jovem Rainha Vitória mais um filme de época inglês encantador.

Vitória é a única a sucessora natural de seu tio, o Rei William IV, e o centro de uma disputa política na Europa. Sabendo disso, sua mãe a cria em total clausura, planejando assumir a regência até os 25 anos da filha. Só que Vitória quer se libertar do domínio materno e se recusa a lhe passar o trono. Poucos dias antes da morte de seu tio, ela conhece o Príncipe Albert, seu primo-irmão que se aproxima dela por interesse político do tio de ambos, o Rei Leopold, da Bélgica, mas acaba ficando encantado pela futura rainha. Aos 18 anos ela é coroada e, ao mesmo tempo em que intensifica seu envolvimento com Albert, cria uma forte amizade com o lorde Melbourne (Paul Bettany), primeiro ministro da época e que se torna seu assessor pessoal.

Mesmo sendo retratada como uma mulher determinada e objetiva, pequenos detalhes no seu comportamento revelam também um lado ainda infantil e imaturo. E esta dualidade da personagem é uma das maiores riquezas do longa. A determinação de assumir o comando de seu país é contrastada com a insegurança de que Albert tome seu poder. A postura adulta diante dos conselheiros reais é como um contraponto, por exemplo, ao jeito sapeca com que brinca ao descer as escadas de sua residência - sempre acompanhada de alguém, obedecendo à ordem de sua mãe (aliás, uma bela metáfora da prisão domiciliar em que jovem vivia).

A racionalidade com a qual lida com interesses inescrupulosos de seus familiares some quando acata incondicionalmente todos os conselhos de Melbourne, num misto de paixão platônica e admiração. A maneira como se senta na cama ou poltronas de seu palácio, infantilmente balançando os pés, é bem diferente de suas atitudes nos passeios reais. A sensatez das respostas dadas ao principal rival político nem parece ser da mesma pessoa que pinta e dá banho em seu cachorrinho, como se ele fosse um bebê. O apego emocional por sua governanta mostra uma carência afetiva que em nenhum momento transparece diante de outras pessoas, nem mesmo quando pede Albert em casamento.

Tudo isso são preciosismos brilhantes que nos ajudam a captar a essência desta jovem rainha, que assumiu o trono de uma das potências mais importantes do mundo ainda quase criança. Junte a isso os excelentes figurinos da três vezes oscarizada Sandy Powell, que fez uma réplica do vestido original usado por Vitória em sua coroação, e a impecável direção de arte, que recria detalhadamente o ambiente da época. Um filme que nos conquistas pelos seus requintes.

Emily Blunt tem sido uma doce revelação desde O Diabo Veste Prada e em A Jovem Rainha Vitória não é diferente. Ela está totalmente convincente no papel da monarca, dando doses exatas de pureza, esperteza e infantilidade à personagem. Rupert Friend também concede uma serenidade incrível ao seu Príncipe Albert, numa interpretação moderada e madura - tal qual o personagem real, que foi de extrema importância no reinado de Vitória, sempre atuando de forma discreta.

Uma grande revelação é Paul Bettany como o carismático e cínico Lorde Melbourne. Destaque para a participação pequena, mas muito especial de Jim Broadbent, como Rei William, e para Miranda Richardson, como a inescrupulosa e manipulável Duquesa de Kent, mãe de Vitória. E tem também o vilão da vez Mark Strong, como o interesseiro sir John Conroy, companheiro da duquesa.

A cena de um diálogo entre Vitória e Albert, logo que se conhecem, resume a relação dos dois no filme e em toda a vida. Eles jogam xadrez e Vitória comenta que se sente “uma peça de xadrez em um jogo contra sua vontade”. E ele responde que mais interessante do que encontrar alguém que jogue por ela (numa referência a sua mãe e todos a sua volta) é ter um companheiro que jogue com ela.

Um trocadilho de preposições que mostra a riqueza do roteiro e do filme como um todo.

Divulgado trailer de Mamonas para Sempre

Foi divulgado o trailer oficial do documentário Mamonas Para Sempre, O Doc. O longa é dirigido por Cláudio Kahns.

Em menos de 10 meses, a banda Mamonas Assassinas saiu do anonimato para um dos maiores fenômenos da música brasileira. Irreverentes, inteligentes, sarcásticos e criativos, o grupo arrebatou o Brasil e, em pouco mais de seis meses, vendeu dois milhões de cópias de discos.

O documentário tem material inédito e depoimentos de parentes, amigos, produtores e músicos que recontam a trajetória do grupo, os desafios, a ascensão e o trágico acidente aéreo que matou todos os seus integrantes em 1996.

Wes Craven começa a rodar Pânico 4 em clima de total mistério

http://wp.clicrbs.com.br/matine/2010/07/01/wes-craven-comeca-a-rodar-panico-4-em-clima-de-total-misterio/?topo=77,2,18,,,77Wes Craven começou a rodar Pânico 4. O roteiro é de Kevin Williamson, que acertou a mão no primeiro filme da série - e, diante do péssimo segundo filme, não entrou na indiada do terceiro.

Adam Brody, Marley Shelton e Erik Knudsen são os mais novos nomes que integram o elenco. Neve Campbell (a chatérrima Sidney), David Arquette (o policial imbecil e inútil que deveria ter morrido no primeiro filme) e Courteney Cox (a jornalista que parece ser a única a usar o cérebro) também estão de volta, embora a ideia seja passar o bastão para o quarteto Emma Roberts, Hayden Panetierre, Rory Culkin e Nico Tortorella.

Diretor e roteirista estão mantendo a trama em total sigilo para não acabar com a graça de saber quem é o assassino mascarado desta vez – tanto que nem os próprios atores puderam ler todo o roteiro para não saberem o gran finale.

O que se sabe até agora é que Brody fará um policial recém-formado que foi criado assistindo ao seriado de TV CSI (do qual eu sou fã, por sinal)– personagem semelhante ao de David Arquette nos três filmes anteriores. Marley Shelton será uma delegada que conheceu a personagem de Campbell no colégio (provavelmente umas das suspeitas de ser o assassino). Erik Knudsen terá um papel semelhante ao que Jamie Kennedy representou nos dois primeiros filmes Pânico: alguém familiarizado com as convenções dos filmes de horror e que garante um pouco de alívio cômico.

Não sei se isso é uma notícia boa ou ruim. Wes Craven retomar o terror no qual ele se tornou mestre até pode ser positivo, mas diante do fiasco de filmes como O Retorno de Freddy Krueger, Amaldiçoados e os dois últimos filmes da série fica difícil acreditar em um quarto longa que, usando a mesma fórmula, não seja patético e chato.

Devaneios a parte, o site Shockya já divulgou um primeiro cartaz do novo filme.


Começam as filmagens do primeiro filme infantil de Martin Scorsese

Se você leu este título acima e está embasbacado, sabia duas coisas:

1) O título está correto.
2) Eu também estou.

A Sony anunciou o início das filmagens da adaptação do livro infantil A Invenção de Hugo Cabret, de Brian Selznick, com direção de Martin Scorsese.

O filme, que aparentemente se chamará apenas Hugo Cabret e será em 3D, tem no elenco nomes estrelados como Sir. Ben Kingsley, Asa Butterfield (aquele gurizinho fofo de O Menino do Pijama Listrado) e Chole Moretz. Também foram anunciados os nomes de Jude Law, Ray Winstone, Christopher Lee, Helen McRory, Frances De La Tour e Richard Griffiths.

Scorsese adquiriu os direitos do filme em 2007. A história segue o órfão Hugo na Paris dos anos 30. Ele vive no telhado de uma estação de trem e se ocupa de cuidar do relógio enquanto tenta consertar uma espécie de robô deixado pelo seu falecido pai.

O roteiro foi desenvolvido por John Logan, que já trabalhou com Scorsese em O Aviador (isso me dá muito medo, já que considero este o filme mais chato do diretor). A produção está sendo rodada em Londres e Paris e entre os produtores do longa está Johnny Depp.

O filme deve chegar às telas no fim de 2011.

Novo filme de Woody Allen estreia no Brasil em dezembro

Você vai Conhecer o Homem dos seus Sonhos é o título em português do novo filme de Woody Allen, You Will Meet A Tall Dark Stranger, que estreia no Brasil no dia 17 de dezembro, que será distribuídos pela Paris Filmes.

Como nos últimos filmes do diretor, o filme conta com um elenco estrelado, que inclui os atores Antonio Banderas, Josh Brolin, Anthony Hopkins e Naomi Watts, além de Gemma Jones, Freida Pinto, Lucy Punch e Roger Ashton-Griffiths.

O filme conta a história de dois casais: Alfie (Hopkins) e Helena (Jones) e sua filha Sally (Watts), casada com Roy (Brolin), abordando as suas paixões, ambições, ansiedades e, logicamente, suas insanidades. Depois que Alfie deixa Helena em busca da sua juventude perdida com uma menina liberal chamada Charmaine (Punch), Helena abandona sua própria racionalidade e entrega sua alma para um vidente charlatão. Também infeliz no casamento, Sally desenvolve uma paixonite pelo seu elegante chefe, proprietário de uma galeria de arte, Greg (Banderas), enquanto o escritor de romances Roy, aguarda ansiosamente resposta da editora para seu último manuscrito.

Scorsese roda seu mais novo filme em Paris

A Invenção de Hugo Cabret é o primeiro filme do diretor em 3D e voltado para o público infantil

Martin Scorsese está em Paris rodando seu mais novo filme, A Invenção de Hugo Cabret, no qual o diretor presta homenagem ao cineaste Georges Méliès (1861 — 1938). As gravações começaram no dia 16 de agosto e devem ser concluídas nesta semana, quando toda a equipe irá para Londres filmar algumas cenas.

Atores chegando ao set de filmagens

Scorsese observa a movimentação


Imagem do set

Imagem do set

Imagem do set

Imagem do set

Sir Ben Kingsley como Georges Melies

O diretor e sua equipe

A Invenção de Hugo Cabret é a primeira experiência em 3D do diretor e também o primeiro filme de Scorsese destinado ao público infantil. A trama é inspirada no romance infantil de mesmo título de Brian Selznick, publicado nos EUA em 2007. O filme conta a história o órfão Hugo Cabre, que mora em uma estação ferroviária de Paris até conhecer um misterioso vendedor de brinquedos que transforma sua vida.

O garoto será vivido por Asa Butterfield, de 13 anos – para quem não lembra, ele atuou em O Menino do Pijama Listrado. Caberá a ninguém menos que Sir Ben Kingsley dar vida a Méliès - um dos percussores do cinema francês e considerado por muitos como o “pai dos efeitos especiais”. Christopher Lee, Sacha Baron Cohen, Chloë Moretz e Jude Law são outros protagonistas do filme, co-produzido por Scorsese, Graham King, Tim Headington e o ator Johnny Depp.

Já caiu na rede um vídeo da equipe de filmagem pelas ruas de Paris.

Lugares de Ensino do Audiovisual, e a Licenciatura em Cinema e Audiovisual da UFF

por João Luiz Leocadio

As inovações tecnológicas são marcas do desenvolvimento humano em todas as civilizações e, frequentemente, são utilizadas para caracterizar e demarcar uma época, ou uma geração. A Idade dos Metais frente a Idade da Pedra pode exemplificar uma dessas referências ao apontar para algumas transformações sociais produzidas pela descoberta dos modos de usar o cobre, o bronze e o ferro. As classes dominantes reforçavam sua posição de poder e dominação pela posse de utensílios e produtos de metal, desde objetos simples de uso domiciliar, passando por adornos pessoais até chegarmos às armas para caça e defesa, o que levou a configurar hábitos sociais e práticas comerciais que resultaram na estratificação econômica da população a partir do acesso a determinados artefatos de metais.

Com o audiovisual não é diferente. Surgido no século XX, através do cinema, da televisão e das mídias digitais, o audiovisual teve seu acesso ampliado gradativamente começando pelos grandes salões, com a primeira exibição de cinema no Gran Café em Paris, até se disseminar para grandes contingentes da população que pouco a pouco foi ganhando acesso. Tal qual os adornos de metais, que marcaram uma Era na Pré-História, o audiovisual marcou o século passado com a difusão de cultura nas grandes salas de exibição até chegar às residências populares nas zonas rurais e de periferia.

Embora seja verdade que parte da população mundial esteja na idade da pedra das imagens, nós aqui no Brasil desfrutamos de algumas oportunidades estimulantes para nos inserir na Era do Audiovisual, ainda que não façamos parte das classes dominantes da linguagem audiovisual. A democratização dos meios de comunicação fazem parte desse debate e a defesa individual e a caça de opressores substituiu as armas de metal por câmeras de qualquer tamanho e formato.

O audiovisual ampliou a presença das imagens na sociedade diversificando as possibilidades de difusão de cultura, fazendo com que surgissem novos valores de modernidade e de poder, análogo aos que existiam na Pré-História com o uso dos metais, a partir da onipresença das imagens. Estabeleceram-se novas hegemonias e dominações a partir de quem produz imagens e sons em relação a quem consome audiovisual, fenômeno que se insere na discussão mais ampla dos meios de comunicação, e que são características de uma nova organização social: a sociedade audiovisual.

Ao lado desse fenômeno de consumo é inegável o papel singular que o audiovisual tem desempenhado no apefeiçoamento dos processos de comunicação, seja ele pessoa a pessoa ou em sistemas de difusão de informação em massa. A facilitação do acesso aos meios de produção e difusão de conteúdo tem se acelerado vertiginosamente a partir dos anos 80 do século passado obrigando a sociedade a incorporar esses dispositivos como insumos básicos de consumo e de uso para trocas sociais.

Certamente que no contexto das comunicações é preciso registrar o advento do telégrafo, dos correios, do rádio, como antecessores da indústria criativa do audiovisual, mas é inquestionável que a combinação de som e imagem potencializaram o diálogo multisensorial até então inexistente. Essa combinação de sentidos resgata toda uma história de arte e criação revelando novas qualidades dos elementos constitutivos dessa nova forma de expressão: a linguagem audiovisual.

É nesse contexto que devemos olhar o ensino do cinema e do audiovisual. De uma lado a cadeia produtiva da indústria da comunicação, do outro a criação e a experimentação de uma nova linguagem expressiva com o potencial ilimitado das artes dos sons e das imagens.

Desde as primeiras escolas soviéticas dos anos 20 até os dias de hoje, essas duas perspectivas se fazem presente e exigem forte consistência acadêmica para propiciar uma sólida formação técnica e artística para os alunos. Não se trata apenas de repassar procedimentos técnicos ou soluções já consagradas mas é preciso instigar a pesquisa e a investigação na inovação que, no caso da arte, é imaterial.

O valor de consumo é substituído pelo valor subjetivo. O produto disputa com o processo o foco da realização. São questões que confrontam o próprio conceito de indústria, habituada a ser um ambiente construído para multiplicação e reprodução de modelos existentes. Esse amplo conceito, para toda uma indústria, exige um complexo conjunto de ações formulado por diferentes atores sociais, que incluem agentes públicos e privados, cujas iniciativas visam ampliar o acesso a produção e consumo do audiovisual, particularmente o nacional

Na Universidade Federal Fluminense esse debate ocorre há mais de quarenta anos http://www.ufscar.br/rua/site/?p=1962" e um pouco do que é produzido no curso é exibido em festivias e mostras, nacionais e internacionais, assim como é refletido em monografias disponíveis na Revista Rascunho ,a href="http://sites.google.com/site/monografiascineviuff/">http://sites.google.com/site/monografiascineviuff, enquanto que as dissertações e teses se juntam a outros esforços parcialmente sistematizados em sites de cinema, como é o caso do mnemocine www.mnemocine.com.br. O questionamento político e social, a problematização dos costumes e hábitos culturais, o conhecimento científico e o desenvolvimento de um pensamento crítico sobre o cinema e o audiovisual, são temas recorrentes para se pensar quer na escola ou fora dela.

Esse caminho iniciado por Nelson Pereira dos Santos em 1968, tem como uma de suas principais marcas a realização audiovisual com liberdade criativa. Esse fundamento é base para todo o projeto de uma escola que pretende formar indivíduos capazes de intervir em novos processos a partir de um olhar estético formulado pelo cinema. Essa pedagogia tem permitido que nossos ex-alunos atuem no mercado profissional do cinema, da televisão, da telefonia celular e, mais recentemente, na do videogame, além de contribuir para a construção de novos ambientes de ensino, seja em escolas livres de cinema, seja na organização de cineclubes, mostras, festivais, além de participarem no campo político na gestão de projetos de incentivo à difusão do audiovisual. Por isso defendemos propostas de financiamento público para jovens realizadores cujo perfil profissional se define durante essa imersão em mercados formais e informais http://www.revistaglobalbrasil.com.br/?tag=cezar-migliorin sem o que podemos perder a oportunidade de revelar carreiras artísticas ocultas em subempregos ou em empregos para subsistência.

Esse amplo perfil profissional faz parte das diretrizes curriculares formuladas pelo FORCINE – Fórum Brasileiro de Ensino de Cinema e Audiovisual, aprovadas em 2006 pelo Conselho Nacional de Educação http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces10_06.pdf, é fruto das experiências de ensino de cinema no Brasil ocorridas a partir dos anos 60, com destaque para a Escola Superior de Cinema da Universidade Católica de Minas Gerais, a Escola Superior de Cinema São Luiz, e os cursos de cinema da Universidade de Brasília, Universidade de São Paulo e a Universidade Federal Fluminense. Desde então surgiram novas escolas de Cinema e Audiovisual nas Universidades Públicas e Privadas em todo o território brasileiro.

Enquanto isso, prospera no Brasil, em espaços não formais, experiências bem sucedidas de ensino de cinema como a do Vidigal, ligada ao Grupo Nós do Morro, a Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu, as oficinas de audiovisual na Maré e na CUFA (Central Única de Favelas) e tantas outras. Oficinas de fotografia como as promovidas pelo Programa Agência-Escola Imagens do Povo http://www.imagensdopovo.org.br assim como projetos de realização audiovisual na pré escola apoiado pela Faperj http://www.faperj.br/boletim_interna.phtml?obj_id=5541 demonstram o que o esforço para difundir e ensinar o audiovisual se constituem em linhas de ação tanto de organizações não governamentais como de instituições públicas.

Destaca-se, também, um programa do Ministério da Cultura designado como Cine Mais Cultura, que está implantando 1.600 salas de exibição de cinema brasileiro em instituições da sociedade civil articuladas com o poder público, numa clara demonstração de que o Estado brasileiro também quer contribuir para a superação das barreiras culturais impostas pelo atraso no desenvolvimento de uma indústria audiovisual nacional. O novo passo desse ambicioso e inédito projeto é inserir essas salas de exibição nas escolas públicas, fazendo reacender os ideais que fundaram o INCE – Instituto Nacional de Cinema Educativo dos anos 30. (Em Brasília, por meio de emenda parlamentar, esse projeto já está em implantação nas 87 escolas públicas do Distrito Federal.) Com a mesma urgência de fazer chegar o cinema nas escolas, tramita o projeto de Lei do Senador Cristovam Buarque, que prevê a exibição de 2 horas semanais de cinema nacional nas escolas públicas. É um projeto importante e que se articula com a política nacional de cultura do MinC de levar o audiovisual para o cotidiano do ambiente escolar.

É nesse contexto de urgências, que a UFF diagnosticou a necessidade de capacitar profissionais formados na área do cinema e do audiovisual para assumir o lugar de ensino nas escolas e planejar esses cursos, uma vez que quase todas essas experiências tem sido conduzidas por pessoas com alguma formação em cinema ou em áreas afins. O curso de Licenciatura em Cinema e Audiovisual visa contribuir para a consolidação dessas ações além de ampliar a dimensão do cinema descrita nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte ftp://ftp.fnde.gov.br/web/pcn/05_08_artes.pdf e que tem sido negligenciada há décadas nas escolas públicas.

O projeto elaborado pelo Departamento de Cinema e Vídeo em 2009 foi incluído no Programa Reuni, do Governo Federal, como parte dos compromissos da UFF com a expansão de vagas nos vestibulares universitários. Trabalhamos com a possibilidade de oferecimento de 20 vagas no vestibular em 2011/12 dependendo da conclusão das obras já iniciadas no campus do Gragoatá, em Niterói-RJ, às margens da Baía de Guanabara.

O curso terá a duração de quatro anos com disciplinas do campo do Cinema e do Audiovisual, como História do Cinema Brasileiro, História do Cinema Mundial, Teoria e Linguagem Cinematográfica, Narrativas Audiovisuais, e outras, além das de Ciências Humanas e Sociais, de Estudos de Linguagem, de Artes e da Educação.

O projeto pedagógico contemplou metade da carga horária obrigatória com disciplinas teórico-práticas voltadas para a produção audiovisual e para a prática de ensino do audiovisual em sala de aula. São oficinas que privilegiam o processo de realização de vídeos com celulares, webcameras, câmeras digitais, e animação gráfica, e a pesquisa audiovisual desenvolvida com alunos no Colégio Universitário da UFF.

Outro aspecto diferencial do programa pode ser chamado de “liberdade acadêmica”, pois o aluno poderá definir e escolher cerca de 25% da carga horária de acordo com os seus interesses específicos, com uma orientação docente. Esse deverá ser um facilitador para que pessoas com outras formações possam ser acolhidas na Licenciatura em Cinema e Audiovisual. Queremos incluir egressos de história, física, matemática, português, biologia, geografia e tantas outras áreas de conhecimento que tem demonstrado, de forma consistente, interesse na pesquisa e na prática audiovisual.

Esperamos, como essa iniciativa, estabelecer um ambiente de permanente reflexão sobre as diversas modalidades de ensino do audiovisual, difundindo a pedagogia da criação baseada na experiência estética do cinema, além de conscientizar os indivíduos sobre o campo de estudo das imagens na Era do Audiovisual.

Metais para todos!