Atrás das câmeras

Atores resolvem inovar e arriscar em uma nova função: a de diretor. Conheça algumas personalidades que se destacam nas telinhas e que também são sucesso nas telonas

Por Maraísa Bueno

Ao começar a produção de um longa ou curta, os riscos são sempre grandes. Se o resultado será o esperando, estar preparado para as mudanças que podem acontecer e, principalmente, a recepção do público quanto ao produto final. O papel do diretor é fundamental para que tudo saia de acordo com o roteiro, direcionando os atores em todas as cenas, com a atenção redobrada para todos os detalhes.

Mas há atores que se arriscam a irem para atrás das câmeras e assumirem a posição de diretor. A equipe do Guia da Semana listou alguns artistas brasileiros e estrangeiros que não só fazem sucesso atuando, mas também comandando a produção de um filme.

Cabeça a Prêmio

Foto: TV Globo/Renato Rocha Miranda


Com quase 20 anos de carreira, o ator Marco Ricca já possui um currículo que soma mais de 25 trabalhos, entre séries e minisséries e cerca de 20 filmes. Atualmente, no elenco do remake Ti-ti-ti, o ator já se arriscou sendo diretor nos palcos, como na peça A Grande Volta. Mas este ano, Ricca estreou nas telonas, na direção do longa Cabeça a Prêmio. Foram cerca de dois anos em cima deste projeto e, em uma entrevista, o ator disse estar feliz com o resultado e não quis atuar neste trabalho, pois queria cuidar de todos os personagens envolvidos.

O filme, que leva o nome do livro de Marçal Aquino, se passa na tríplice fronteira (entre Brasil, Paraguai e Bolívia) e conta com os amigos e colegas de trabalho Alice Braga, Cássio Gabus Mendes, Daniel Hendler, Eduardo Moscovia, Fúlvio Stefanini e Otávio Muller no elenco. Na coletiva de imprensa do filme, Ricca chegou a dizer que o longa é totalmente de personagens e que todos que compraram a ideia, se entregaram para a produção.

Cinema é mesmo o seu forte

Foto: TV Globo/Renato Rocha Miranda


Nos últimos anos, o ator Selton Mello se destacou por atuações em diversos longas, como Meu nome não é Johnny, O Cheiro do Ralo, Lisbela E O Prisioneiro, Jean Charles e A Mulher Invisível. Mas ele, que está de volta às telinhas na série A Cura, da Rede Globo, também já atacou de diretor. Seu primeiro trabalho foi o curta-metragem Quando o Tempo Cair (2006), que foi selecionado para mostras como Festival de Gramado, Festival do Rio, Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, indo até para o Festival Internacional de Cine de Guadalajara, no México.

A paixão pelo cinema o levou a dirigir também o longa Feliz Natal, lançado em 2008. A história se passa com o ex-presidiário, Caio (Leonardo Medeiros), que resolve passar o natal com a família e, ao chegar em na casa de seu irmão, percebe que tudo continuava igual: a mãe alcoólatra (Darlene Glória), o pai abusivo (Lúcio Mauro) e um irmão (Paulo Guarnieri) submisso à mulher (Graziella Moretto). A estreia de Selton na direção de um longa-metragem chamou a atenção da crítica especializada que teceu elogios ao trabalho do ator. A produção também resultou em três prêmios de melhor diretor para Selton Mello. Ele os recebeu nos festivais de Paulínia, Goiânia e no Brazilian Film Festival, em Los Angeles, Estados Unidos.

Atuou e dirigiu

Foto: Imdb.com


Sucesso em papéis que emocionaram ao público como em Uma Lição de Amor, no qual atuou como um pai que, com deficiência mental, luta para manter a guarda de sua filha (Dakota Fanning), Sean Penn também já se arriscou como diretor. Sua estreia atrás das câmeras aconteceu em 1991, com o longa Unidos Pelo Sangue, que conta a história de dois irmãos, Joe e Frank muito diferentes entre si. Um é policial de uma pequena cidade e outro acaba de voltar da guerra. Mesmo parecendo um drama familiar simples, Penn conseguiu dar um desfecho diferente para este trabalho.

Outras produções que contaram com a direção de Sean Penn foram Acerto Final (1995), A Promessa (2001), que contou com Jack Nicholson no elenco, e Na Natureza Selvagem (2008), baseado na obra de Jon Krakauer, realizada em 1997. Este trabalho mostrou a maturidade de Sean Penn como diretor e roteirista, sendo que foi cotado para o Oscar, além de Penn ter comandado a mesa do júri do Festival de Cannes na época.

Veterano

Foto: Imdb.com


Clint Eastwood não foge da lista de atores que se arriscaram como diretores e tiraram a sorte grande. Mesmo afirmando que não atuará mais, ele não chegou a dizer se também irá se aposentar da carreira de diretor. Ao todo, já comandou cerca de 29 longas, começando a mostrar seus dotes como diretor em 1971, em Perversa Paixão. Outros trabalhos que contaram com sua direção foram Sobre Meninos e Lobos (2003), A Troca (2008) e Invictus (2009).

Mas Eastwood mostrou sua paixão e competência na direção de longas quando realizou duas produções ao mesmo tempo em 2006 (A Conquista da Honra e Cartas de Iwo Jima) e realizando a mesma proeza em 2008 (A Troca e Gran Torino). Está previsto para 2012, o lançamento de seu novo trabalho, Hoover. A trama conta a história de J. Edgar Hoover, um dos principais nomes do FBI, que foi diretor da agência até sua morte na década de 70.

Nova Experiência

Foto: Imdb.com


O ator Ben Affleck é um dos mais novos atores que se arriscou em atuar e dirigir ao mesmo tempo. Em The Town - que se chamará Atração Perigosa no Brasil - ele assumiu, em uma coletiva de imprensa, que foi muito difícil realizar as duas funções ao mesmo tempo em um único trabalho. Seu personagem é um membro de um grupo de assaltantes de Boston. O filme, que é uma adaptação do romance The Prince of Thieves, de Chuck Hogan, foi lançado no Festival de Veneza e estreou no Festival Internacional de Cinema de Toronto, no Canadá. A previsão de estreia no Brasil é em 29 de outubro.

Mas Affleck já se dedicou totalmente à direção de um longa. Ele dirigiu Medo da Verdade, lançado em 2008. Baseado na obra de Dennise Lehane - Sobre Meninos e Lobos - o filme conta a história de dois detetives contratados para encontrar uma menina de 4 anos, que desapareceu de forma misteriosa em um bairro de Boston.

Para a terra do Tio Sam

Foto: TV Globo/Renato Rocha Miranda


Outro brasileiro que também seguiu os passos de Marco Ricca e Selton Mello, foi o ator Márcio Garcia. E ainda por cima, um filme internacional. A comédia romântica Bed & Breakfast conta a história de uma vendedora que descobre ser a herdeira de uma vinícola na Califórnia e resolve transformá-la em uma pousada.

Ele, que já dirigiu um curta-metragem (Predileção), disse ser apaixonado por cinema, adora ler a respeito e sempre se aperfeiçoar sobre o tema. Mas ele não é o único brasileiro desta produção, que tem previsão de estreia para 2011. Juliana Paes, Rodrigo Lombardi, Marcos Pasquim e Débora Lamm estão no elenco do longa, que também conta com os atores Jason Alexander e Dean Cain. É esperar para ver o resultado desta mega-produção.

Documentário sobre Ayrton Senna - News

Em 12 de outubro, chega aos cinemas brasileiros o documentário Senna, que conta a história de vida do piloto de Fórmula 1. A obra, dirigida pelo britânico Asif Kapadia (de Far North), percorre desde a estreia de Ayrton Senna na modalidade, em 1984, até a sua participação no Grande Prêmio de San Marino, em 1994, quando sofreu um acidente fatal.

Com estreia prevista para o próximo dia 8 no Japão, o documentário foi produzido ao lado da família do piloto e relembra os principais momentos da carreira dele, como os três campeonatos mundiais conquistados, a rivalidade com Alain Prost e a saída da McLaren.

Ator de Friends dirige filme sobre pedofilia

Retorno de David Schwimmer ao drama foi exibido no Festival de Toronto

Lembrado pelo personagem Ross que viveu na série americana Friends, o ator David Schwimmer volta às origens de sua formação em dramaturgia dirigindo um drama sobre pedofilia. A obra Trust,

exibida recentemente no Festival de Cinema Toronto, conta a história do casal, interpretado por Clive Owen e Catherine Keener, que descobre o envolvimento da filha de 14 anos com um homem mais velho pela internet. Enganada, a jovem é levada a um quarto de motel e foi abusada sexualmente. O filme ainda não tem previsão de estreia no Brasil.

Saiba mais sobre o primeiro filme dirigido por Schwimmer: Maratona do Amor

Santoro vive jogador Heleno em preto e branc

Longa-metragem conta história de ex-craque do Botafogo

Com previsão de estreia para 2011, o novo filme estrelado por Rodrigo Santoro será em preto e branco e trará o ator como um jogador de futebol. O longa-metragem Heleno, dirigido por José Henrique Fonseca, conta a trajetória do ex-craque do Botafogo, que sofria de sífilis cerebral e acabou internado em um sanatório como louco, onde morreu aos 39 anos, em 1959. Na obra, Santoro atua no papel principal e ainda estreia como produtor de cinema.

Lula chega aos cinemas norte-americanos

Estados Unidos e Canadá vão exibir filme sobre o presidente

A partir de fevereiro do próximo ano, o longa-metragem Lula, o Filho do Brasil será exibidos em salas de cinema dos Estados Unidos e do Canadá. A obra dirigida por Fábio Barreto conta a trajetória de vida do atual presidente brasileiro, desde a infância até o auge da sua vida política. Para o produtor Luiz Carlos Barreto, a exibição do filme em cinemas nova-iorquinos desmistifica a ideia inicial de que o país vetaria o filme porque Lula apoia o governo do Irã.

Ator de Borat interpreta Freddie Mercury

Filme terá enfoque em show do Queen no Live Aid de 1985

Conhecido pelos seus personagens de humor, como Borat e Bruno, o ator Sacha Baron Cohen voltará às telonas no papel de Freddie Mercury. A informação foi anunciada pelo guitarrista do Queen, banda liderada por Mercury. Com roteiro de Peter Morgan (de A Rainha), o filme terá enfoque na apresentação de 1985 no concerto de caridade Live Aid, em Londres, que foi um dos momentos mais marcantes na história do grupo. O cantor, que era muito reservado a respeito da sua homossexualidade, declarou oficialmente que tinha Aids em novembro de 1991 e morreu no dia seguinte, aos 45 anos.

Terror animado

Por Marjorie Ribeiro

O primeiro Festival Internacional de Animação de Horror traz 69 produções estrangeiras e brasileiras, entre longa, média e curta-metragens

Foto: Divulgação

O cineasta Takena Nagao, de Chainsaw Mad, é destaque do Animaldiçoados

Prepare a pipoca, o refrigerante e, o mais importante, o coração! Para quem está acostumado com desenhos fofinhos e dóceis, irá se surpreender com uma série de animações pra lá de assustadoras. Zumbis, vampiros, mulas sem cabeça e outros seres do além prometem arrancar gritos da plateia que esperar por algo como as gracinhas dos Monstros S.A.

Depois de passar pelo Rio de Janeiro, o primeiro Festival Internacional de Animação de Horror do país, o Animaldiçoados, aterroriza as salas paulistanas do Reserva Cultural, de 17 a 23 de setembro. São 69 longas, médias, curtas e micros-metragens de 21 nacionalidades. E quem ainda duvida que reles cartoons possam provocar espanto, basta dizer que todos os filmes exibidos não são recomendados para menores de 18 anos.

Horror internacional

Da lista gringa, o destaque fica para o animador japonês Takena Nagao, que ganha um programa especial dedicado a sua filmografia de curtas-metragens. O cineasta ficou conhecido por derramar uma escandalosa quantidade de sangue em apenas sete minutos com Chainsaw Maid. A brutal clay-animation - uma versão de stop-motion - mostra uma empregada doméstica que utiliza uma serra elétrica para tenta salvar seus patrões de zumbis.

O famoso Resident Evil: Degeneração, de Makoto Kamiya, é uma das opções de longas-metragens dos programas Susto. A outra é o filme, que passa em primeira mão, das seis visões aterrorizantes de Dante's Inferno: uma animação épica, de Victor Cook, Mike Disa, Sang-Jin Kim, Shuko Murase, Jong-Sik Nam e Lee Seung-Gyu.

Foto: Divulgação

O francês Le Tueur de Montmarter é um dos longas-metragens exibidos

São exibidos ainda os longas norte-americano From Inside, de John Bergin, e o francês Le Tueur de Montmarter, de Borislav Sajtinac. Já o inédito Kanibal Seijin, de KaichiSato, o único média-metragem exibido, conta a história de alienígenas canibais que tomam conta do planeta.

Curta novidades

A grande gama de estreias está entre os 57 curta-metragens que são apresentados. "O festival abre as portas para a produção independente e roda filmes que normalmente não entram no circuito", explica Alexander Mello, um dos organizadores do evento. Entre outros, ele destaca o brasileiro Meu Primeiro Pesadelo, de Leandro Mendes, que aparece pela primeira vez na telona.

Foto: Divulgação

Entre os curtas, está Blood Trail, do norte-americano Joe Burrascano

A mostra conta ainda com uma competição oficial de curtas, que acontece no Grito. O programa 5, em especial, traz animações sobre o primeiro pesadelo e, o Mortos-Vivos, apresentas enredos com criaturas que renascem do inferno. Além da exibição dos filmes, votação e premiação, ocorre uma palestra sobre animação, ministrada pela Escola de Cinema Melies, que tem inscrições gratuitas no site do Animaldiçoados.

A entrada é grátis para os programas Susto 1 e 2, que exibem, respectivamente, Resident Evil: Degeneração e Dante's Inferno: uma Animação Épica. Basta apenas imprimir o convite que está disponível pelo twitter e facebook do festival. O ingresso para as outras sessões custa R$ 15,00 cada e estudantes pagam meia- entrada.

Nova animação de Tim Burton

O novo projeto do cineasta Tim Burton vai contar com a voz de Winona Ryder, que já havia trabalhado com ele nos clássicos Os Fantasmas se Divertem, de 1988, e Edward Mãos de Tesoura, de 1990. Trata-se da animação em stop-motion, modalidade filmada quadro a quadro com bonecos, intitulada Frankenweenie. A obra, que tem previsão de lançamento para 2012 é baseada em um curta-metragem feito por Burton aos 25 anos, quando ele ainda era desenhista nos estúdios Walt Disney.

O enredo conta a história de um homem que tenta reanimar o seu cachorro e trazê-lo novamente à vida. Além de Winona, também foram escalados para a dublagem os atores Martin Landau, Martin Short e Catherine O'Hara.

Gramado 2010 - "Bróder!" faz a festa e conquista cinco Kikitos no festival da Serra Gaúcha

"Bróder!", estreia de Jeferson De na direção de longa-metraqem, foi o grande vencedor da 38ª edição do Festival de Cinema de Gramado, cuja cerimônia de premiação ocorreu no último sábado, dia 14. A produção levou os três principais Kikitos da noite - melhor filme, melhor diretor e melhor ator (Caio Blat) -, além de dois outros prêmios técnicos, trilha sonora e montagem. O longa "Não se Pode Viver sem Amor", de Jorge Durán, recebeu os prêmios de melhor atriz (Simone Spoladore), melhor roteiro e fotografia. "O Último Romance de Balzac", de Geraldo Sarno, ficou com o prêmio de melhor direção de arte e o prêmio especial do júri. "Diário de uma Busca", de Flavia Castro, foi eleito o melhor filme pela crítica e pelo júri estudantil. O curta brasilisense "Ratão", de Santiago Dellape, levou o prêmio de melhor filme do júri popular.

Na competição de longas latinos, o grande vitorioso foi o chileno "Mi vida con Carlos", de Germán Berger, considerado o melhor filme pelo júri oficial. A produção ainda conquistou o Kikito de Melhor Fotografia e o Prêmio do Júri Popular. O longa nicaraguense "La Yuma", de Florence Jaugey, ganhou o Prêmio Especial do Júri e mais o Kikito de Melhor Atriz, para Alma Blanco.


Lista completa dos premiados no 38º Festival de Cinema de Gramado.


LONGA-METRAGEM BRASILEIRO:

Melhor Filme de longa-metragem: "Bróder!", de Jeferson De

Melhor Diretor: Jeferson De por "Bróder!"

Melhor Ator: Caio Blat por "Bróder!"

Melhor Atriz: Simone Spoladore por "Não se Pode Viver sem Amor"

Melhor Roteiro: Jorge Durán, Dani Patarra por "Não se Pode Viver sem Amor"

Melhor Fotografia: Luís Abramo por "Não se Pode Viver sem Amor"

Melhor Trilha Musical: João Marcello Bôscoli e Jeferson De por "Bróder!" e John Ulhoa, Rubens Jacobina e Diamantino Feijó por "Ponto Org"

Melhor Montagem: Quito Ribeiro e Jeferson De por "Bróder!"

Melhor Direção de Arte: Ana Dominoni por "O Último Romance de Balzac"

Prêmio Especial do Júri: "O Último Romance de Balzac", de Geraldo Sarno

Prêmio da Crítica: Melhor Filme: "Diário de uma Busca", de Flavia Castro

Prêmio do Júri Popular: Melhor Filme: 180º, de Eduardo Vaisman

Prêmio do Júri Estudantil: Melhor Filme: "Diário de uma Busca", de Flavia Castro



LONGA-METRAGEM ESTRANGEIRO:

Melhor Filme: "Mi vida con Carlos", de Germán Berger

Melhor Diretor: Nicolás Pereda, por "Perpetuum Mobile"

Melhor Ator: Gabino Rodríguez, por "Perpetuum Mobile", e Martín Piroyansky por "La Vieja de Atras"

Melhor Atriz: Alma Blanco, por "La Yuma"

Melhor Roteiro: Pablo José Meza, por "La Vieja de Atras"

Melhor Fotografia: Miguel Joan Littin M. por "Mi vida con Carlos"

Prêmio Especial do Júri: "La Yuma", de Florence Jaugey

Prêmio da Crítica: Melhor Filme: "El vuelco del cangrejo", de Oscar Ruiz Navia

Prêmio do Júri Popular: Melhor Filme: "Mi vida con Carlos", de Germán Berger

Prêmio do Júri Estudantil: Melhor Filme: "El vuelco del cangrejo", de Oscar Ruiz Navia



CURTA 35 MM E DIGITAL:

Melhor filme: "Carreto", de Marilia Hughes e Cláudio Marques, e "Haruo Ohara", de Rodrigo Grota

Prêmio Especial do Júri: "Os Anjos do Meio da Praça", de Alê Camargo e Camila Carrossine

Melhor Diretor: Rodrigo Grota por "Haruo Ohara"

Melhor Ator: Flavio Bauraqui por "Ninjas"

Melhor Atriz: Elisa Volpatto por "Um Animal Menor"

Melhor Roteiro: Marilia Hughes e Cláudio Marques por "Carreto"

Melhor Fotografia: Carlos Ebert por "Haruo Ohara"

Melhor Trilha Musical: Marcelo Fruet, Boto Stanley e Augusto Canani por "Amigos Bizarros do Ricardinho"

Melhor Montagem: Paulo Sacramento por "Ninjas"

Melhor Direção de Arte: Vicente Saldanha "Amigos Bizarros do Ricardinho"

Prêmio da Crítica: Melhor Filme: "Babás", de Consuelo Lins

Prêmio do Júri Popular: Melhor Filme: "Ratão", de Santiago Dellape

Prêmio Estudantil: Melhor Filme: "Haruo Ohara", de Rodrigo Grota



Mostra Panorâmica:

Melhor Filme: "Terra Deu, Terr Come", de Rodrigo Siqueira



MOSTRA GAÚCHA – Prêmio Assembléia Legislativa de Cinema 35MM E DIGITAL:

Melhor Filme: "Um Animal Menor", de Pedro Harres e Marcos Contreras

Melhor Direção: William Meyer, por "Eu e o Cara da Piscina"

Melhor Roteiro: Pedro Harres e Marcos Contreras, por "Um Animal Menor"

Melhor Fotografia: Bruno Polidoro, por "Um Animal Menor" e "Peixe Vermelho"

Melhor Direção de Arte: Lívia Santos, por "Eu e o Cara da Piscina"

Melhor Música: Jean Pierre Caron e Rafael Sarpa, por "Peixe Vermelho"

Melhor Montagem: Denise Marchi, por "Eu e o Cara da Piscina"

Melhor Edição de Som: Gabriela Bervian, por "Peixe Vermelho"

Melhor Produtor/ Produtor Executivo: Ana Adams, por "Peixe Vermelho"

Melhor Ator: Fernando Mantelli, por "Limbo"

Melhor Atriz: Araci Esteves, por "Maldita"

Documentário sobre Ayrton Senna

Não é de hoje que se fala em um filme sobre Ayrton Senna. Durante um longo tempo rumores apontavam que Antonio Banderas (A Máscara do Zorro) seria seu intérprete em uma cinebiografia. Já que um filme de ficção não saiu do papel, o diretor Asif Kapadia (Far North) resolveu realizar um documentário sobre o tricampeão de Fórmula 1.

Senna traz depoimentos inéditos de pessoas que estiveram próximas ao ídolo brasileiro, como Ron Dennis, seu chefe na McLaren, e o eterno rival Alain Prost. Além, é claro, de várias imagens das performances do piloto nas pistas.

Antonio Banderas desiste de filme sobre Senna (notícia de 2009)
por: Francisco Russo

Pouco após o falecimento de Ayrton Senna, em 1º de maio de 1994, começaram os rumores sobre uma cinebiografia do piloto brasileiro. O projeto, como se sabe, jamais saiu do papel. Um dos interessados em interpretar o tricampeão mundial de Fórmula 1 era Antonio Banderas (A Máscara do Zorro), que descartou recentemente sua participação no projeto.

O motivo é o longo tempo de espera para que ele se concretize, o que aumentou ainda mais a diferença de idade entre Senna e Banderas. Hoje com 49 anos, o ator se considera velho demais para o papel.

Apesar da desistência, o filme sobre Senna ainda não está totalmente descartado. A responsável pela produção é a Warner Bros, que não divulgou novos planos para sua realização.

Fonte: Adoro Cinema - O Estado de São Paulo

Brasil para exportação

Veja o olhar estrangeiro sobre o nosso cenário com os longas metragens rodados em território brasileiro

Por Leonardo Filomeno

Seja para retratar cenários paradisíacos em uma comédia romântica ou a violência das grandes metrópoles para filmes policiais, a ex-colônia portuguesa e maior território da América Latina vem aos poucos sendo explorada como cenário pelo cinema estrangeiro. Assim como o mais recente lançamento hollywoodiano Os Mercenários, as paisagens tupininquis dão vida a roteiros, criam empatia com o público e ainda aumentam a arrecadação na bilheteria. Conheça os longas filmados aqui e suas respectivas repercussões mundo afora.

Sabor da Paixão (2000)

Ambientada na terra de Jorge Amado, a comédia romântica narra a história da sensual e ingênua Isabela (Penélope Cruz), que tem o dom de agradar aos paladares e corações masculinos. Após a descoberta da traição do marido (Murilo Benício), abandona a cozinha de um sufocante restaurante na Bahia para buscar o reconhecimento em São Francisco, nos Estados Unidos. O aroma peculiar da culinária, em que a pimenta é predominante, torna-a uma celebridade instantânea da TV.

A diretora venezuelana Fina Torres embarcou no país durante um mês e meio para fazer as filmagens de Sabor da Paixão. O longa estreou Murilo Benício em Hollywood e foi o primeiro falado em língua inglesa por Penélope Cruz - que ficou hospedada na casa de Caetano e Veloso e Paula Lavigne durante as gravações na Bahia. A trilha sonora acompanhou o cenário, resultando em um repertório com muita Bossa Nova.

Turistas (2006)

Talvez o mais polêmico filmado aqui, o longa narra a história de um grupos de turistas americanos que resolvem passar as férias no Brasil. No país, Olivia Wilde, Melissa George, Josh Duhamel e Desmond Askew conhecem um paraíso à beira-mar, mas quando menos esperam são roubados e sequestrados por uma gangue de extração de órgãos. A partir daí, o pesadelo dos estrangeiros começam.

Apresentando xenofobia, exploração sexual, sadismo e sangue, Turistas foi bastante criticado pela imprensa brasileira e internacional, mostrando uma infinidade de clichês e estereótipos pinçados pelo diretor John Stockwell. Gravado na Guatemala, nas proximidades de Ubatuba (SP) e em Lençóis (BA), o filme trazia em seu cartaz de divulgação, logo abaixo da palavra 'Turistas', a frase 'Go home' - o que em português significa 'Vão para casa'.

O Incrível Hulk (2008)

Fiel aos quadrinhos e à série de TV dos anos 70, O Incrível Hulk apresenta o fugitivo cientista Bruce Banner (Edward Norton) que busca um meio de retirar a radiação gama presente em seu sangue, fruto de um projeto secreto mal-sucedido do exército americano. Ele vive escondido em uma favela do Rio de Janeiro e longe de sua amada Betty Ross (Liv Tyler). Os militares tentam capturá-lo com a intenção de explorar o poder que faz com que Banner se transforme em Hulk.

O longa foi criado depois do fracasso de bilheteria do Hulk, de Ang Lee (2003), e procurou se desvincular totalmente deste. As cenas foram rodadas na Favela Tavares Bastos (Rio de Janeiro) e contam com a participação do lutador de vale-tudo, Rickson Gracie, como instrutor de jiu-jitsu. O filme custou para os cofres da Marvel Studios US$ 150 milhões e a arrecadação das bilheterias rendeu mais de US$ 260 milhões.

Ensaio Sobre a Cegueira (2008)

Em uma co-produção entre Japão, Brasil e Canadá, Ensaio Sobre a Cegueira é baseado no livro homônimo de José Saramago, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura. A trama mostra uma cidade invadida por uma epidemia de cegueira branca, onde parte dessa população é confinada e precisa aprender a conviver no meio do caos, violência e racionamento. No elenco, participam os atores Danny Glover, Julianne Moore, Gael Garcia Bernal e a brasileira Alice Braga.

Apesar de ser uma produção com estrutura hollywoodiana, a obra não conta com a participação norte-americana. Dirigido por Fernando Meirelles, prestigiado diretor brasileiro, o filme foi rodado em Toronto (Canadá), Montevidéu (Uruguai) e no Elevado Costa e Silva, em São Paulo. O longa abriu o Festival de Cannes de 2008 e foi orçado em US$ 25 milhões.

Os Mercenários (2010)

No melhor estilo pancadaria, explosões e tiradas de efeito, Os Mercenários, dirigido por Sylvester Stallone, entrou em cartaz nos cinemas em 13 de agosto. Acompanhado de um time de atores de elite do gênero - Arnold Schwarzenegger, Bruce Willis, Jason Statham, Jet Li, Terry Crews, Randy Couture, e Dolph Lundgren -, o longa narra as aventuras de um grupo militar, classificados como dispensáveis, reunidos para combater um ditador latino-americano.
Com o orçamento de aproximadamente US$ 60 milhões, as filmagens foram realizadas em duas partes: a primeira no Brasil, na cidade de Mangaratiba (RJ), e a segunda no Parque Lage (RJ). Sylvester Stallone criou animosidade com o público brasileiro ao críticar o país durante a divulgação do filme no Comic-Con 2010. Rodrigo Santoro, Cleo Pires e Juliana Paes chegaram a negociar com a produção do filme, porém, os únicos que participaram do elenco foram a mexicana radicada no Brasil Gisele Itié e o lutador brasileiro Minotauro.

Música de Dylan vira roteiro de filme

A música Brownsville Girl, de 11 minutos, composta por Bob Dylan e Sam Shepard será transformada em roteiro para um novo filme, que pode ter Brad Pitt no elenco. Faixa do álbum Knocked out Loaded, de 1986, a canção é considerada uma das obras-primas de Dylan e trata de um romance épico, com direito a citações do faroeste estrelado por Gregory Peck em 1950, no filme O matador.

O longa-metragem terá direção assinada por Scott Cooper, de Coração Louco, e roteiro de Jay Cocks, de Gangues de Nova Iorque e A Idade da Inocência.

Ingressos a R$ 5 no Dia do Cinema Nacional

A partir do próximo dia 14, a PlayArte promove a quinta edição do Dia do Cinema Nacional, válido para todas as salas da rede. A programação das terças-feiras passará a contar apenas com títulos nacionais ou co-produções brasileiras pelo preço promocional de R$ 5,00.

Os filmes a compor a data especial mudam a cada semana e podem ser lançamentos ou obras menos recentes, desde que tenham estreado neste ano. A promoção vale por tempo indeterminado.

Vida de Ronald Reagan vai virar filme

Além de ser um dos políticos mais importantes dos Estados Unidos, o ex-presidente norte-americano Ronald Reagan (1911- 2004) foi também ator. Aliás, inicialmente, ele é quem deveria ser o protagonista do filme que mais amo na vida, Casablanca (1942). Sorte (ou azar) que ele estava servindo na Segunda Guerra e coube a Bogart dar vida ao inesquecível Rick Blane.

Todo este devaneio surgiu porque a vida do ator e político (melhor político do que ator, diga-se de passagem, embora ele tenha tido um merecido reconhecimento no cinema) vai virar filme. O longa será uma adaptação baseada em duas biografias de Paul Kengor, The Crusader e God and Ronald Reagan. Mark Joseph, que obteve os direitos cinematográficos sobre os dois livros há quatro anos, será um dos produtores do filme, que conta com um roteiro de Jonas McCord.

O filme tem o título provisório de Reagan, conta com um orçamento de US$ 30 milhões e deve estrear no fim de 2011.Entre os produtores também está Ralph Winter, que conta entre seus filmes a franquia X-Men, a série Quarteto Fantástico e a mais recente versão de Planeta dos Macacos. Já Joseph trabalhou em filmes como Ray e A Paixão de Cristo.

O começo do filme será a tentativa de assassinato sofrida em 1981 e contará sua vida através de passagens que irão ao passado e ao futuro em relação a esse evento. McCord disse que serão abordadas as origens da família de Reagan e, especialmente, as relações que manteve com seu pai alcoólatra.

A história de Reagan já foi tema de uma minissérie em 2003, chamada The Reagans, protagonizada por James Brolin. Até agora não foi contratado nenhum ator para o filme, e o diretor também não foi definido.

Ronald Reagan foi o 33º governador da Califórnia (em 1966 a 1974) e o 40º presidente dos Estados Unidos ( de 1981 a 1989) – ele é até hoje o homem mais velho a assumir o cargo, com 69 anos.

Com Ann Sheridan em Kings Row

A carreira como ator começou ainda nos anos 30, em pequenas participações em filmes B. O primeiro longa de destaque foi Love Is on the Air (1937), mas o sucesso veio mesmo cinco anos depois, com o drama Kings Row (Em Cada Coração, Um Pecado), de Sam Wood. (Voltando ao primeiro parágrafo: em Kings Row, Reagan fez par romântico com Ann Sheridan, que foi o primeiro nome cogitado para ser Isla Lazlo em Casablanca, antes de Ingrid Bergman). Em uma cena, o personagem interpretado por Reagan, Drake McHugh, que teve as pernas amputadas por um sádico cirurgião, após voltar da anestesia diz: “Onde está o resto de mim”? (”Where’s the rest of me?”). Reagan usou essas palavras no título de sua autobiografia em 1965.

Apesar de ter se tornado uma estrela com seu desempenho, Reagan não pode aproveitar seu sucesso, pois estava servindo nas Forças Armadas. Ele ainda atuou em diversos filmes, mas nunca mais voltou a fazer o mesmo sucesso. Ao longo de 25 anos, foram cerca de 60 filmes. O último foi The Young Doctors, de 1964.

23 filmes brasileiros disputam vaga no Oscar

Foi divulgado nesta quarta, dia 8, os nomes dos longas inscritos para participar da seleção do filme brasileiro que poderá concorrer ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2011.

• As Melhores Coisas do Mundo
• A Suprema Felicidade
• Antes que o mundo acabe
• Bróder
• Carregadoras de Sonhos
• Cabeça a Prêmio
• Cinco Vezes Favela, Agora Por Nós Mesmos
• Chico Xavier
• É Proibido Fumar
• Em Teu Nome
• Hotel Atlântico
• Lula, o Filho do Brasil
• Nosso Lar
• Olhos Azuis
• Ouro Negro
• O Bem Amado
• O Grão
• Os Inquilinos
• Os Famosos e os Duendes da Morte
• Quincas Berro D’água
• Reflexões de um Liquidificador
• Sonhos Roubados
• Utopia e Barbárie

O nome da produção brasileira escolhida será anunciado pela Comissão Especial de Seleção, no dia 23 de setembro. Já os cinco filmes selecionados para concorrer ao Prêmio de Melhor Língua Estrangeira serão anunciados em 25 de janeiro do próximo ano. A cerimônia de premiação será realizada no dia 27 de fevereiro de 2011.

Annette Bening e Julianne Moore interpretam casal gay nos cinemas

Minhas Mães e Meu Pai estréia no Brasil em novembro

No filme dirigido por Lisa Cholodenko (do elogiado Laurel Canyon - Rua das Tentações, mas que ficou conhecida mesmo por dirigir alguns episódios do seriado lésbico The L Word), duas das maiores atrizes dos últimos tempos, Annette Bening e Julianne Moore, interpretam o casal homossexual Nic e Jules. Elas vivem muito bem com seus filhos adolescentes, concebidos através de inseminação artificial e de um doador anônimo, até que um deles decide procurar por seu pai biológico. Na medida em que este pai começa a fazer parte da vida de todos, um novo e inesperado capítulo se inicia para esta família inusitada e nada convencional.

No elenco, o também sensacional Mark Ruffalo (Ensaio Sobre a Cegueira), além de Mia Wasikowska (Alice no País das Maravilhas) e Josh Hutcherson (Ponte Para Terabítia).

Minhas Mães e Meu Pai foi considerado a sensação nos festivais de Sundance e Berlim. Apesar de ter sua estreia limitada no circuito americano em somente sete salas, a performance foi considerada pelos especialistas como positiva e com ótima média de ingressos em Nova York, São Francisco, Chicago, Toronto e Los Angeles.

Cameron diz que já tem esboços para duas seqüências de Avatar

Sim, são duas mesmo!

O diretor James Cameron há um bom tempo anda catando a pedrinha de que Avatar “poderia ter uma continuação”. Pois se até então ele não dava uma afirmação categórica sobre a possibilidade de uma seqüência para o mega sucesso, parece que agora ele deu. Em entrevista ao jornal Le Figaro, o diretor disse que tem vontade de fazer NÃO SÓ UMA, MAS DUAS SEQUÊNCIAS PARA O FILME. Ele afirmou, inclusive, que já tem prontos os esboços para os dois filmes. No entanto, as continuações não devem sair por agora, já que Cameron está envolvido em outro projeto no momento.

Enquanto a ideia não é colocada em prática, os fãs do filme poderão desfrutar mais um pouco desses seres azuis. Em outubro, chega ao Brasil uma nova versão, com nove minutos de cenas adicionais. O longa (mais longo ainda), que já estreou nos EUA, será exibido exclusivamente em 3D e IMAX.

NOVE MINUTOS!!! Será que vale a pena rever os longos 150 minutos por apenas NOVE MINUTOS ADICIONAIS? Eu, sinceramente, não estou muito empolgada. Mas Cameron acredita que sim. De acordo com ele, quem for assistir a esta nova versão terá uma “experiência mais completa”, graças às imagens extrass. Além disso, o diretor acha que muitas pessoas perderam a oportunidade de ver o filme quando estava em exibição:

– Acho que as pessoas querem assistir a Avatar no cinema. Isso é apenas minha impressão instintiva. Isso tudo aconteceu porque, quando saiu Alice no País das Maravilhas, os responsáveis reservaram todos os cinemas Imax 3D. Ainda estávamos tendo performance boa, ainda estávamos lotando os cinemas. Mas perdemos todos os cinemas em uma só noite. Então sabíamos que ainda havia um mercado de pessoas interessadas em ver Avatar.

Avatar estreou em dezembro do ano passado. Em seis semanas de cartaz se tornou o longa mais rentável de todos os tempos, com mais de US$ 2,7 bilhões arrecadados. Foi o primeiro filme de Cameron depois do outro mega sucesso Titanic (1997), que curiosamente era o primeiro colocado no ranking dos mais rentáveis até então.

Adaptação de O Exorcista estreia nos Estados Unidos

Uma nova adaptação do clássico filme de terror O Exorcista, cuja versão original de William Friedkin foi lançada em 1973, chega aos cinemas norte-americanos nesta sexta-feira, 27. Dirigido por Daniel Stamm, The Last Exorcism é um dos lançamentos mais esperados deste ano e traz roteiro semelhante ao primeiro, porém, com linguagem e recursos mais modernos. Na obra, Ashley Bell vive a garota possuída Nell que é exorcizada pelo padre Cotton Marcus, interpretado por Patrick Fabian. Reconhecido na comunidade católica pelas afrontas eficazes às forças malignas, o sacerdote vai lidar com o demônio mais assustador de sua "carreira", rendendo ao longa-metragem cenas de possessão em celeiros sombrios, ossos quebrados, gritos e perseguições. No Brasil, O Último Exorcismo estreia em 24 de setembro.

Godard e Coppola vão ao Oscar

Em novembro deste ano, os diretores Francis Ford Coppola e Jean-Luc Godard, o ator Eli Wallach e o historiador Kevin Brownlow serão homenageados no Oscar por suas respectivas contribuições à história do cinema.

Premiado por O Poderoso Chefão I e II e Patton: Rebelde ou Herói?, Coppola foi lembrado pela criatividade e alta qualidade de suas produções, enquanto os demais, "por suas extraordinárias conquistas", conforme declarado pela Academia de Cinema de Hollywood.

Godard foi um dos nomes mais importantes da Nouvelle Vague francesa que, mais tarde, influenciou diretores como Bertolucci, Scorsese, Soderbergh e Tarantino. Quanto aos outros nomes que receberão o Oscar honorífico, Wallach foi reconhecido, principalmente, por estrelar o clássico de 1960, Sete Homens e um Destino, e Brownlow, pelo trabalho de restauração de obras mudas.

Últimos dias de Allan Poe em filme

Os últimos dias de vida do poeta Edgar Allan Poe serão levados às telonas pelo filme Raven, que será dirigido por James McTeigue, de V de Vingança, e terá John Cusack no papel principal. A obra é uma versão ficcional dos momentos que precederam a morte do autor norte-americano em 1849, por razões que nunca foram comprovadas. Com temáticas sempre misteriosas e até macabras, o trabalho mais conhecido dele foi O Corvo, o mesmo título do filme traduzido.

Bollywood se volta para temática cristã

Com apenas 2,3% de sua população praticante do cristianismo (a grande maioria é hinduísta), a Índia vai conceber o seu primeiro filme sobre a vida de Jesus Cristo. Na última terça-feira, 31, cineastas de Bollywood anunciaram que já deram início às gravações na região da Terra Santa, no Oriente Médio, de sua obra voltada para a infância de Cristo. Geralmente as produções com esta temática ficam restritas à fase adulta dele.

Dirigido por Singeetham Srinivasa Rao e estrelado somente por atores indianos, este será um dos longas-metragens mais caros já feitos pelo país, com orçamento de 30 milhões de dólares. Por lá, os filmes têm custo médio de 500 mil dólares.

Atentado de 11 de setembro vira musical

Estreia em Nova Iorque nesta sexta-feira, 3, o filme musical baseado na tragédia americana de 11 de setembro, que deixou cerca de três mil pessoas mortas após uma série de atentados terroristas. A obra Clear Blue Tuesday (em tradução literal: terça-feira de céu claro) não mostra o atentado às torres-gêmeas em sim, mas conta o que seria a história de 11 pessoas durante sete terças-feiras ao longo dos anos posteriores ao evento.

O espetáculo ressalta a cicatrização das feridas que a catástrofe deixou na cidade e, por fim, a persistência do amor dos cidadãos nova-iorquinos, transformados pela mistura de fúria, dor, fé, temor e esperança. Dirigida por Elizabeth Lucas, a obra é definida como um "drama musical com indie rock" e traz no elenco tanto artistas da Broadway como também astros do rock.