quinta-feira, 19 de maio de 2011

No cinema, homens falam e mulheres exibem suas curvas

Quem fez: Stacy L. Smith, Cynthia Kennard e Amy D. Granados
Instituição: Escola Annenberg de Comunicação e Jornalismo, da Universidade do Sul da Califórnia
Dados de amostragem: 4.370 trechos de 100 filmes de sucesso lançados em 2008
Resultado: Homens protagonizam papéis com mais diálogos e mulheres aparecem na maior parte das vezes com menos roupa

Um estudo conduzido por especialistas da Universidade do Sul da Califórnia (USC) provou através de números o que de certa forma já constatávamos: mulheres tendem a aparecer nos filmes de Hollywood com pouca roupa, enquanto homens tendem a pegar papéis com mais diálogo. Em síntese, elas são mais vistas e eles mais escutados.

Para chegar à conclusão, três especialistas da instituição americana, Stacy L. Smith, Cynthia Kennard e Amy D. Granados, analisaram 4.370 trechos de 100 filmes de sucesso lançados em 2008. Entre os títulos pesquisados estão Batman – O Cavaleiro das Trevas, Homem de Ferro e Crepúsculo.
 
A partir dessa análise, as cientistas descobriram que 67% dos papéis com fala pertenciam a atores homens, enquanto cerca da metade, ou seja, 33%, pertenciam a atrizes. Também são elas que costumam interpretar nos filmes as figuras sexualizadas. Do total de obras estudadas, as mulheres apareceram usando trajes provocativos em 26% dos casos, enquanto apenas 5% dos homens apareceram na mesma situação.
 
O mesmo ocorre em papéis que exijam nudez. As mulheres apareceram seminuas em 26% dos filmes analisados, enquanto apenas 8% dos homens interpretaram papéis onde era preciso mostrar parcialmente o seu corpo.
 
No mercado cinematográfico a situação não é diferente. Para cada cinco diretores, roteiristas e produtores homens, uma mulher executa as mesmas funções em Hollywood. “As mulheres representam cerca da metade da população nos Estados Unidos e são responsáveis por 50% da bilheteria no país. Contudo, elas continuam representando somente um terço dos papéis com falas nos filmes”, diz Stacy Smith, professora da USC e líder do estudo.

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